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Patativa do Assaré

Antônio Gonçalves da Silva, o Patativa do Assaré, nasceu na Serra de Santana, a 18 Km da cidade de Assaré, em 5 de março de 1909. Filho de Pedro Gonçalves da Silva e Maria Pereira da Silva, família pobre, perdeu o pai aos oito anos, passando a partir daí a trabalhar na roça para garantir o sustento da família.

 

Logo que ingressou na escola, aos doze anos, passou a escrever poesia e produzir pequenos textos. Quando ganhou uma viola da mãe, aos dezesseis anos, ingressou na arte dos repentes, apresentando-se em saraus e pequenas festividades de sua cidade natal.

 

O nome “Patativa” surgiu quando o jovem poeta tinha apenas vinte anos devido à semelhança entre seu canto e o do pássaro Patativa, ave nordestina que possui um canto mavioso e singular. Com um nome artístico, passou a viajar pela região cantando seus repentes e apresentando-se várias vezes na rádio Araripe.

 

Sua poesia experimentou as cantorias e seus desafios, o cordel e sua dicção repentista, a alfabetização iniciática e as leituras dos clássicos da poesia universal. Atravessou o limiar dos terreiros para se abrigar nas praças, junto aos feirantes. Segundo o professor Luiz Tadeu Feitosa, invadiu as ondas do rádio e se difundiu na mídia de tal maneira que não há como classificá-lo entre “popular” e “erudito”, “regional” e “universal”, pois o canto de Patativa é eterno e universal.

 

A grande satisfação do poeta era “ser reconhecido” como cumpridor de sua missão de poeta, que destacou seu papel de defensor de seu “Caboclo roceiro” mesmo vivendo numa comunidade rural atrasada, dominada por coronéis que monopolizavam a agricultura, sendo refém do descaso dos governantes em relação ao problema da seca. Essa opressão nunca abateu seu ânimo: antes fortaleceu-o ainda mais, tornando-o um cidadão mais crítico, que através da sua poesia denunciava os problemas sociais e se defendia das investidas dos poderosos. Isso lhe custou uma rápida prisão e ameaças. Contudo, garantiu-lhe o título da qual se orgulhava: “poeta da justiça social”.

 

  É melhor escrever errado a coisa certa do que escrever certo a coisa errada...

 

Durante toda sua vida, o poeta empenhou-se para manter-se fiel a seus princípios e a sua missão poética. No Memorial Patativa do Assaré, espécie de museu vivo em sua cidade natal, há uma quadrinha onde o próprio poeta resume como gostaria de ser visto:

 

“Conheço que estou no fim
e sei que a terra me come,

mas fica vivo o meu nome
para os que gostam de mim.
Chegando o dia afinal
baixarei a sepultura
mas fica o Memorial
para quem preza a cultura.

 

Patativa do Assaré faleceu aos 93 anos, em 8 de julho de 2002. Sua obra tem sido estudada por pesquisadores, professores, fruída nas universidades e fora dela. Também tem sido objeto de estudo de mestre e doutores.

 

http://www.infoescola.com/biografias/patativa-do-assare

Feira do Livro 2016

Colégio Miguel de Cervantes

Autoria:

Alunos de 8º ano

Orientadores: 

Amália Freire (Música), Ana Maria Premero (Música), Fábio Martins (Arte), Ivo Bonfiglioli (Música), Joan Miró (Ciências), Leila Pereira (Produção de Texto), Marco Augusto (Geografia), Pedro Sales (História), Roberta Fernandes (Produção de Texto),  Simone Deffente (Português)

Desenvolvimento:

Fernanda Baruel

Depto. Tecnologia Educacional

(com Wix.com)

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