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República da Guiné-Bissau

Capital: Bissau

Moeda: Franco CFA

Idioma oficial: Português

Guiné-Bissau

O pequeno país situado na costa Ocidental do continente africano era habitado por balantas, mandingas, manjacos, fulas, felupes e outros povos, quando os portugueses chegaram na região em 1446. A diversidade linguística é um dado básico da história deste país desde a sua formação. De acordo com a autora guineense Filomena Embaló, apesar do pequeno território, convivem no país pelo menos duas dezenas de etnias que coabitam num mosaico étnico-cultural.

 

Após 11 anos de luta armada pela libertação, o país foi o primeiro entre as colônias africanas de Portugal a conquistar a independência, no ano de 1974. Ainda durante as guerras, há registros de uma forte corrente dentro do PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde, fundado em 1956 por Amílcar Cabral) que defendia a adoção do crioulo local e de outras línguas étnicas no ensino. Não havia consenso em torno da ideia dentro do partido e acabou vencendo a posição do líder Amílcar Cabral, que a respeito da controvérsia se expressou nos seguintes termos:

 

Nós, Partido, se queremos levar para frente o nosso povo durante muito tempo ainda, para escrevermos, para avançarmos na ciência, a nossa língua tem que ser o português. E isso é uma honra. É a única coisa que podemos agradecer aos “tugas” (colonizadores portugueses), ao facto de ele nos ter deixado sua língua depois de ter roubado tanto de nossa terra. Até um dia em que, de fato, tendo estudado profundamente o crioulo, encontrando todas as regras de fonética boas para o crioulo, possamos passar a escrever o crioulo.   

 

Almícar Cabral considerava o fato de as línguas locais serem ágrafas como um importante limite à sua universalização, mas apesar de defender a adoção do português como língua oficial apoiava o uso do crioulo e outras línguas étnicas na comunicação geral do dia-a-dia. De certa maneira, esse desejo do líder guineense se concretizou. O português é o idioma oficial do país, língua de cultura, de ensino e das relações internacionais. Contudo, permanece como língua materna de uma parcela insignificante da população e não é definitivamente a língua de comunicação nacional, já que é falada por apenas 13% dos habitantes do país.

 

A língua franca da República de Guiné-Bissau é o crioulo guineense, com status de língua nacional. Como na época da luta pela independência, o crioulo permanece ainda hoje sem uma escrita regulamentada.

               Gomes, Chiara Araujo. Relatório OPLOP 03 - Abril: A língua portuguesa nos países da CPLP (Parte I) – Fragmento adaptado.

Feira do Livro 2016

Colégio Miguel de Cervantes

Autoria:

Alunos de 8º ano

Orientadores: 

Amália Freire (Música), Ana Maria Premero (Música), Fábio Martins (Arte), Ivo Bonfiglioli (Música), Joan Miró (Ciências), Leila Pereira (Produção de Texto), Marco Augusto (Geografia), Pedro Sales (História), Roberta Fernandes (Produção de Texto),  Simone Deffente (Português)

Desenvolvimento:

Fernanda Baruel

Depto. Tecnologia Educacional

(com Wix.com)

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